O Camping de Treinamento da Seleção Nacional, que continua amanhã no CEFAN - Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, na cidade do Rio de Janeiro, está sendo um momento privilegiado para aprimorar pequenos detalhes que poderão fazer toda a diferença para os atletas nacionais que vão disputar a seletiva Pan-americana de Queretaro, no México.
Na opinião de Fernando Madureira, técnico da Seleção, este período é fundamental para os lutadores, visto que é “uma fase de polimento” importante para “chegarem à Seletiva preparados”. “Fazemos trabalho físico e técnico totalmente específico, dentro do que vamos usar dentro da especificidade do colete eletrônico”, acrescentou o técnico.
A adaptação ao colete eletrônico é um aspecto essencial neste Camping. Por isso, todas as formas usadas em combate serão treinadas, utilizando este equipamento. “O plano é direcionado a exigir o máximo do atleta neste curto tempo que a gente tem. Vamos treinar com o colete eletrônico todos os dias, em todas as situações táticas. Eles são atletas de tradição que obtêm resultados bons internacionais e eles se adaptaram muito bem. Então, acho que usar o colete todo dia os vai favorecer bastante”, frisou Madureira.
O técnico também lembrou a importância dos atletas estrangeiros neste Camping, referindo que eles são uma mais-valia para os representantes nacionais no Pré-Olímpico do Queretaro. “São atletas muito bem condicionados, que vão exigir bastante dos nossos. Estão fazendo treinos e lutas de igual nível com eles, a ajudá-los a se auto-afirmarem emocionalmente e se sentirem prontos para a seletiva no México”, sublinhou.
Márcio Ferreira e Katia Arakaki são os atletas deste Camping que vão representar o Brasil no México. A eles se juntará Natália Falavigna, que se encontra nos EUA. De acordo com o técnico nacional, “o atleta brasileiro tem o diferencial de ser muito versátil e ser capaz de uma adaptação muito rápida”. Madureira considera que tanto Márcio, como Katia, estão preparados para esta seletiva, que “não tem luta fácil para ninguém. Mas também é uma situação que vai deixá-los muito atentos para a competição, da forma que precisam”.
O técnico de Londrina acredita que a parte mais frágil dos atletas talvez seja o emocional. Contudo, considera que esse poderá ser o ponto fraco de qualquer lutador. “Eu acho que todos os que estiverem na Seletiva vão estar com o mesmo problema emocional, porque é a última chance para a Olimpíada”, lembrou Fernando Madureira. A sua estratégia é “apertar o máximo durante o treino, mas deixá-los emocionalmente muito confiantes para chegar lá no dia e não sentirem que têm de romper uma barreira, mas sim cumprir uma missão”.
Além disso, destacou que a Seleção de Taekwondo atualmente conta com uma “estrutura muito boa, das melhores que foram feitas em todos os ciclos olímpicos até hoje”. Por isso, “todos os atletas e comissão técnica estão engajados para corresponder a este bom atendimento da CBTKD, do COB e do projeto IMP/Petrobras. A gente tem esse compromisso”, concluiu.
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